segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Recta Final

Bom dia a todos,

Com este cumprimento já conseguem perceber que hoje o dia começou cedo...e não mesmo possibilidade de me ir deitar a seguir. O almoço está pronto e em menos de nada vamos sair para as aulas...

Já nos confrontaram diversas vezes com o estereótipo que o estudante de Erasmus não estuda, não vais às aulas e não faz cadeira alguma...bem desenganem-se...foram mais as aulas que não faltámos, foram mais as cadeiras feitas que as não feitas...portanto dizemo-vos que aproveitámos ao máximo mas que podemos ter o melhor de tudo.

Daqui a umas horas temos um teste de laboratório sobre 'Drives' e 'Control', palavras complicadas para descrever o que se passa dentro de coisas tão básicas como o computador que estão a usar, o telemóvel no bolso, etc...

Decidimos deixar aqui o nosso trajecto diário para que tenham noção do nosso dia-a-dia de transportes. Um autocarro e um eléctrico durante mais ou menos meia hora por viagem...

Então aqui fica o mapa entre a nossa rua Maszynowa e a Politécnica.


sábado, 22 de janeiro de 2011

Edinburgh and Glasgow

A todos os que aguardaram e desesperaram pelo fim do nosso silêncio de palavras...aqui ficam as fotos de Edinburgo e de Glasgow. Como sabem não conseguimos fugir aos bloqueios europeus de voos e por isso existe uma secção recheada de fotos de momentos no mínimo estranhos...vejam...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Park Łazienkowski

Hoje as fotos são da neve mas num dos pontos mais bonitos da cidade, o Park Łazienkowski.

Apesar do nome deste parque significar para os polacos algo perto de casa de banho, tudo o resto para além do infeliz nome é espectacular no parque.

Aqui estão alguns dos palácios mais emblemáticos de Varsóvia como é o caso do Palácio de Belvedere no topo da colina, o Palácio sobre a água e ainda o anfi-teatro sobre a água e as estufas e casas de Verão.

A magia do parque persiste durante todo o ano, com as flores e o verde durante o Verão e Primavera, onde a música atravessa o parque e se espalha em todas as direcções, em concertos, recitais, ou no próprio movimento que milhares de pessoas criam durante longos passeios de fim-de-semana.
No Outono as folhas cobrem o caminho de uma carpete em tons de vermelho e castanho onde esquilos e patos andam distraidamente à procura de migalhas e avelãs.
Nada existe sem o fim do ciclo e por isso o Inverno traz o branco e o silêncio para cobrir os lagos, as árvores e os caminhos, as casas, para calar a música e silenciar as vozes que passeiam.
Só o canto de milhares de aves corta a plenitude do branco...

Ficam aqui mais fotos e também um filme do ambiente no parque...


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Let it snow 3.0

Hoje foi dia de bater os dentes em Varsóvia, -16 ou -17 graus com sensação de -25.

Valeu o passeio pela companhia e pela boa disposição, visto que esta semana estão cá o Hugo e a Inês!

Ficam aqui as fotos e o update do nosso contador de quedas.

Quedas observadas:6

Quedas efectuadas:
-João : 1
-Francisco : 1/2
-Pedro : 1/2

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Let it snow 2.0

Para quem ficou a achar que exagerámos nas descrições e que as fotos não eram elucidativas da realidade, ficam aqui novas fotos para compararem o primeiro nevão e os últimos.

-Número de quedas observadas : 4

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Let it snow!!!

E já neva!

Há 4 dias começou e até agora ainda não parou. Neve no passeio, neve nas árvores, neve nos jardins, neve, neve, neve...

A cidade virou um caos, os autocarros estão sempre atrasados, as filas de carros são intermináveis assim como as de pessoas. Toda a gente segue em pequenos carreiros entre montes de neve dos dois lados da rua, parecem pequenas formigas, cobertas dos pés à cabeça por roupa e neve, claro!

Há neve pelos joelhos nalguns sítios, os carros formam estalactites nas matrículas e nos pára-choques e as calças congelam pelas bainhas.

A estradas estão cobertas por sal e uma pasta escura que resulta da mistura com a neve, as riscas brancas da passadeira escorregam como tudo, e quedas observadas até agora 3 é a conta.

Bem esperemos sobreviver...2 pares de meias é pouco e já estivemos mais longe de comprar uns goggles de ski para ver alguma coisa.

'Nós é que escolhemos o sítio!' estão vocês a dizer...?!

A nossa resposta é 'Vodka will save us all'

Oświęcim - Auschwitz

Este post não traduz uma simples passagem por um lugar, nem é um mero álbum de fotografias e de boas lembranças.
A razão de colocarmos aqui estas fotografias é a mesma que nos levou a visitar este antigo campo de concentração e também a razão que o mantém aberto ao público, passados tantos anos e sofrimento.

A vida humana não é só uma designação para o corpo, nem para a mente e as suas faculdades. Andar, correr, pensar, sonhar, ler e escrever são parte do que é uma vida humana mas não a formam na totalidade.

Há muito mais para além de todos os princípios básicos do ser humano que fazem com que exista uma vida.

A individualidade, a capacidade de viver em grupo, de criar, de sentir e de dar a sentir começam por completar o ser, dando-lhe vida, como se fossem um sopro para o interior deste mero corpo.

O que se passou em Auschwitz e também por toda a Polónia e restante Europa, durante a segunda guerra mundial, foi um processo continuo e exponencial de eliminação do ser e da vida humana em simultâneo.

O silêncio é quem mais fala dentro dos limites do campo...Tudo dentro do campo emana dor, sofrimento, tristeza e morto, sobretudo quando pensamos nas paisagens e no verde sem fim no exterior.

Silêncio foi o que imperou em cada um de nós ao fim de 2 ou 3 pavilhões...não há palavras, não há muita coisa que se possa dizer nem pensar.

Espero que estas fotografias e este post não sirvam para impressionar ninguém, mas para fazer com que cada um olhe para si e à sua volta e perceba que a palavra problema e a palavra sofrimento tomam significados diferentes ao longo do tempo e ao longo das circunstâncias.

Espero que fiquem a olhar para a vida humana com outros olhos, olhos de respeito, olhos de compreensão, olhos de amor. Não o digo no sentido num sentido exacerbado, não o digo com um toque de drama e tragédia. Apenas digo que em cada corpo há uma vida, seja ele qual for o corpo, e uma vida merece dignidade, entrega, afecto e respeito.

Espero que descansem em paz todos os que partiram e espero sobretudo que os que ainda vão ao campo chorar os seus familiares, consigam encontrar a sua paz também.

O ódio e a ignorância são ventos que hão-de soprar sempre...cada um escolhe a que ventos deve abrir a porta.

«Quando, em ironia, o regime Nazi colocou sobre o portão do campo a inscrição "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta) mostraram ao mundo que nunca souberam onde nasce a verdadeira liberdade, essa que corre na imaginação de poetas e pintores, em tinta e palavras, essa que nasce com cada um e cresce quando o ser se une ao ser e a vida se une à vida.»